Neste ano o maior festival de arte de Moçambique - Azgo 9ª edição - invade a Mafalala trocando muita Arte ao povo.
Ahhh vocês vão dizer que eu gosto de tudo é que não tenho muitos critérios aos meus gostos. Eu nem ligo, o que importa é que eu amei e foi bem legal.
A Mafalala é um dos local mágico onde as pessoas resistem e existem, local berço da cultura é resistência, considerado patrimônio de Moçambique.
Andar pelas ruas de Mafalala é lembrar de Brasil, é lembrar das nossas comunidades, o som pulsava do campinho e era para lá que eu ia. Como tinha ido para lá no dia anterior ao pisar no campinho ouvi: Tia Rebecca!
Elas lembraram de mim, a Carolina, a Charmila, Maria e as demais que eu não lembro o nome.
Cheguei dançando e curtindo, eram tantas crianças um cenário ainda ao luz do dia infantil. Reencontrei amigos por lá e ia me sentindo em casa.
Não demorei muito e queria visitar mural com pintura na parede, parecia que eu pedia algo de outro mundo, que eu falava de um lugar que não era lá. Perguntei a muitas senhoras, até que uma disse me levar pra lá, e não era onde eu procurava. Estranho, será que só eu sei onde é o mural?
Pedi ajuda pra Carol e amigas, elas deveriam saber não é possível, elas tbm não sabiam e nem imaginavam onde era, até que eu tive a ideia de mostrar a foto a elas e bingo elas sabiam! Entramos por alguns becos e vielas, com a certeza de que iríamos chegar o mais rápido possível.
Quando chegamos elas diziam - a gente passa aqui todo dia e nem sabíamos que é um mural!
Isso não quer dizer que elas não saibam o que é mural, e sim que se já se naturalizou como algo normal em suas idas e vindas e que para nós de fora fica como algo novo. Sinceramente é uma arte é incrível que retrata a Mafalala as mulheres do tudo da mafalala e as crianças mulçumanas a brincarem. O mural tinha me marcado e muito e eu precisava voltar lá e obviamente com as melhores companhias.
Tiramos muitas fotos no mural para materializar aquele momento, como diz Zico com sua música Foto - ela só quer foto! - foi Nice, elas nunca vão esquecer e eu tbm não deste momento.
Hora de correr ao festival e devolver as crianças as sua mães.
O festival rolou solto, mas para abrilhantar e saudar a noite a lua veio cheia, não tanto como ontem mas chegou brilhando e abençoando o espaço, tudo estava lindo era tantas artes envolvidas mas espera, pausa para a oração dos muçulmanos. Arte e cultura é isso, se respeitam e compreendem a importância de respeito e espaços.
Rap com um grupo a capela, tirou todos pra dançar assim como as narrações de Charmila ao ouvir a Safira José cantar: - A minha mãe fica muito feliz ao ouvir essa música 🎶
Víamos muitas mulheres a dançar e gritar com a Safira, era tão bonito! As mulheres tomavam conta deste momento.
O grupo Lizzi veio com tudo também e deixou as crianças boquiaberta de onde vinham os sons que elas tiravam com o corpo, o rostinho de todas e todos admirados com aquele som que era novidade para os olhos e ouvidos atraia expectadores.
A Banda Khale; Steward Sukuma & banda Nkhuvu foram incríveis!!!!
Algumas particularidades da festa foi ver a comunidade reunida para que o evento acontecesse, o time de rugby da Mafalala eram os seguranças do evento.
As senhoras do bairro com suas venda lucravam mais que o comum, as vendas de comidas e bebidas também, e obviamente toda a família feliz em poder ter um domingo bem diferente.
Mães e filhos se reuniam para contemplar o show, assim como mulheres em grupo ou sozinhas ou acompanhadas estavam lá a curtir e viver este momento.
Foi muito lindo.
Azgo Let’s Go
Eu já estou ansiosa para a 10° edição.
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