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Viagens e assédio sexual por Rebecca Alethéia



Ser mulher neste mundo não é nada fácil viver muito menos sendo mulher, negra, brasileira e com uma chuva de assédio muito menos. Como tod@s vocês sabem eu sou muito comunicativa mas não me sinto na obrigação de ser simpática e amável com todas as pessoas e principalmente homens.


Uma das relações que imponho ao conhecer qualquer homem é cumprimentar com a mão, eu estendo o braço do tipo colocando uma barreira para qualquer abraço ou beijos no rosto em um primeiro momento. As mulheres eu beijo e abraço, os homens não, eu não consigo e gosto de deixar distanciamento sobre qualquer movimentação mais próxima.


Um homem vai muitas as vezes querer pagar uma bebida ou algo. Viajar e economizar cada centavo é válido, mas te garanto que no primeiro momento e dependendo do cenário eu não vou aceitar. Há de se colocar limites para que esse homem não crie a ilusão de que eu devo favores à ele principalmente porque me pagou uma bebida ou algo para mim. Pelo amor de Deus né querido, meu preço é mais que isso, eu tenho dinheiro pra pagar meus luxos.


Conversinha fiada do tipo - viajando sozinha? cadê o seu marido? - Nos primeiros minutos de uma conversa essa pergunta pra mim é assédio. Ao fazer essa pergunta espere para todas as respostas que eu possa dar para cada tipo de homem babaca que faz esse tipo de pergunta.


Vc é Brasileira!!! Isso brota sorrisos em homens e mulheres mas a pergunta que me brota raiva é: Vc samba? Eu sempre digo que não! Assim já corto a conversa e não sou obrigada ou muitas as vezes forçada a dançar. Não sou obrigada e não sou a palhaça de auditório, o samba é visto como uma dança carnavalesca é muito sensual e me pedir para dançar me remete a tudo isso. Mesmo eu sendo uma amante do carnaval, me anulo para tal tipo de conversa que não vai levar pra lugar algum.


Eu não sou sociável para tais abordagens e mudo meu humor assim como minha expressão facilmente a ponto de dizer com licença e me retirar do local. Aliás meu tempo é precioso ao viajar. Eu não tenho medo e não me sinto pressionado em ser legal e sociável com pessoas assediadoras e escrota.




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